terça-feira, 10 de maio de 2016

The end of an Era

É fácil perceber que este pedaço de internet tem sofrido de negligência grave. Há uma centena de motivos, mas não estou aqui para me desculpar.

A verdade é que esta voz não faz mais sentido. E portanto estou oficialmente a por um termino a este projecto.

Foi incrivelmente divertido e enriquecedor!

Para continuarem a seguir, agora em inglês, dêem um pulo a este novíssimo espaço.

Obrigado por tudo.

Enjoy,
The 5

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Estravaza: BB cream

Este é o post final. Podem ver aqui um primeiro, seguido de um segundo e finalmente um terceiro.


Eu, como a grande maioria das pessoas, lutei contra um acne feroz durante grande fatia da adolescência.

Tive a sorte de não guardar muitas marcas físicas, principalmente considerando que incorri repetidamente no erro de espremer tudo até criar ferida. Sim, não é charmoso: mas é real.

Foi neste momento da vida que eu acordei para os cuidados com a pele. Controlar a oleosidade e consequente infecção foi a minha prioridade. Para lá da hidratação.

É óbvio que a melhor forma de curar isso é mesmo crescer. A idade resolve imensa coisa. Mas esta pequena crise deixou-me alguns hábitos mais regulares do cuidado da pele.

Isto para dizer que creme todas as manhãs é um hábito relativamente recente. E encontrar algo que se adequasse a mim super difícil. Os critérios são simples: tem que deixar um acabamento mate, tem que ter protecção solar e, acima de tudo, tem que ser simples. Recuso-me a usar várias produtos, camada por camada. Não uso base e, muitas vezes, nada de maquilhagem.


Daí que os BB cream me tenham feito feliz, como a toda uma imensidade de gente. Mas, como tudo, nem todos trazem aquilo que prometem. E protecção solar? Difícil.

Testei alguns. Mas nenhum teve o efeito deste da Vichy (gama Ideália).

Vamos começar pelo princípio. Estive muito próxima de não comprar este creme por dois motivos: o preço está um pouco acima das outras marcas e o nome é muito idiota. Ideália é atrozmente imbecil.

Mas cedi. E ainda bem! A textura é leve, tem só um tom suave de cor e vem com micro brilhantes, característica que certamente irritará muito boa gente mas que me faz feliz. O acabamento é definitivamente mate (dentro do possível, claro) e o toque agradável.


Tem também uma durabilidade simpática. E, mais importante ainda, SPF 25. Não é o ideal mas, considerando a alternativa, é bastante bom.

Acima de tudo, simplifica a minha vida. O que é um grande extra.

Enjoy,
The 5

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Estravaza: Batom Vermelho

Este post é o seguimento deste primeiro e super introdutório e de mais um menos introdutório mas igualmente relevante.


Durante algum tempo fui a pessoa que não saía de casa sem batom. Não que fosse incapaz de me ver sem esse rasgo de cor, mas sentia-me muito mais eu. Era um statement que gritava: estou aqui! Existo! Recuso-me a ser ignorada!

Gosto imensamente de cores intensas e vibrantes e os lábios parecem o sítio ideal para as usar. A verdade é que requer um alto nível de manutenção e, neste momento da minha vida, simplesmente não me sinto capaz manter a disciplina que o batom requer.

Isto para introduzir que já usei muita coisa. Acima de qualquer outro, tenho um nível de exigência muito particular pelo vermelho. Infinitamente clássico e igualmente provocador, é uma cor bem mais difícil do que aparenta.


Vamos começar pela teoria da cor. Eu sei que há toda aquela lista de regras sobre batons vermelhos que relacionam o sub tom da pele com o vermelho a usar: mais rosa ou mais laranja. Mas qualquer pessoa que saiba usar tintas (estou a olhar para vocês, pessoal das artes!) sabe que a nível de pigmento (e não de luz) o vermelho é uma cor primária. E porque é que isto é importante? Porque vermelho alaranjado não é vermelho. E vermelho rosado também não é vermelho. E porque vermelho a sério não tem "base azul" porque é uma cor pura.

Perco a cabeça sempre que, enquanto procuro um vermelho, alguém questiona "mas com sub tom laranja, rosa ou azul?". E isso só tornou a minha busca bem mais difícil.


A minha sorte é ter uma mãe incrível que percebe como as cores funcionam. E sabe o que é um vermelho. E quando esta pessoa fantástica decidiu que estava na altura de me ofertar um verdadeiro batom vermelho, escolheu o único que alguma vez me fez verdadeiramente feliz!

Vou neste momento na segunda embalagem do mesmo, da Clinique número 13 - Flamenco. Descobri que a cor foi descontinuada e matou-me um pouco por dentro.

Para lá da cor (perfeitamente vermelha) tem uma textura incrível e hidratante. E dura uma quantidade abusiva de horas! A cor funde-se perfeitamente nos lábios, sem aquele efeito manhoso de batom pousado sobre a pele.

Vale cada cêntimo. Estou no fim do tubo. Não sei como viverei depois disto.

Enjoy, 
The 5

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Estravaza: Batom do Cieiro

Este post é o seguimento deste outro post interessantíssimo sobre os meus produtos preferidos.


Vamos a uma segunda parte!

É importante começar por explicar a minha relação com batons de cieiro: obsessiva. Experimentei todas as marcas e todas as propriedades mágicas, testei marcas brancas e marcas de culto. Num determinado momento da minha vida, tive 4 diferentes em simultâneo (e todos eles a receber uso). E continuo a querer comprar TODOS, SEMPRE. Porquê? Porque enquanto houver um batom de cieiro por testar no mundo, eu não estarei satisfeita.

Odeio a maioria das marcas, na verdade. Entre aqueles brilhos manhosos, os cheiros avassaladores e a capacidade hidratante nula, tem sido difícil encontrar algo que funcione realmente.

Introduzamos um acaso feliz: decidi comprar este da Burt's Bees.


Mais uma vez não sei qual a disponibilidade em Portugal. O que eu sei é que este tubinho contem magia. E nem sou só eu: oferecei a toda a família no Natal e foi eleito um favorito por unanimidade!

Tem um cheirinho suave e natural. Vem com uma textura rica e oleosa que deixa somente uma camada de aspecto humedecido. Regenera estrondosamente. E há também com cor (que, admito, ainda não testei).

Salvou alguns Invernos e funciona inclusive como óleo de cutículas ou para ajudar a resolver frieiras.

Magia num tubo! Acaba rápido de mais... mas eu uso de forma bem generosa.

Qual o vosso batom de cieiro de eleição?
Enjoy,
The 5

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Estravaza: Creme de mãos e corpo

Tudo o que possuo actualmente teve que passar por uma triagem rigorosa. Parei de usar coisas que não me façam feliz de alguma forma. É a minha regra chave cada vez que compro o que quer que seja: o nível de felicidade compensa o preço?

Quando se fala de produtos de beleza e maquilhagem, já experimentei muita coisa. Já comparei batons de vários preços, cremes de vários cheiros e champôs de muitas marcas. Aprecio a escolha e gosto de testar coisas novas.

No entanto algumas coisas ficaram comigo. Produtos que aprecio verdadeiramente e que me fazem voltar sempre. Hoje venho falar do top 4: aqueles que eu uso e abuso sem me cansar.

Este post será dividido em 4, para evitar ficar muito longo!


Creme de mãos e corpo:

Eu gosto imensamente de cremes. Gosto do cheirinho, da textura e da pele suave.

A verdade é que com a variedade exagerada no mercado, e muitas vezes sem standards de qualidade, comecei a saturar. Tudo cheirava ao mesmo (e tudo cheirava demasiado!), as texturas eram terríveis e a pele começou a cansar comigo. Parei de usar creme todos os dias, testei alguns óleos (que gosto bastante mas ainda nenhum me apaixonou) e continuei uma vida desidratada.

Neste momento, não considero essencial a hidratação diária. A verdade é que a alimentação e o consumo de água têm efeitos melhores e mais duradouros. Mas por vezes é preciso aquele extra, especialmente em tempo frio.


Este creme, da Obey Your Body, foi uma surpresa feliz. Comprei em Amesterdão e não sei qual será a disponibilidade por terras lusas. Mas com o suave cheirinho a kiwi, uma textura impecável (pesada o suficiente mas nada gordurosa) e a capacidade incrível de deixar a pele com toque de cetim, fiquei rendida! É mágico para as mãos, especialmente no inverno. Além disso dura bastante.


Eu uso maioritariamente nas mãos e pés. Na verdade funciona para tudo um pouco. Usei durante algum tempo no rosto e não irritou a minha pele excessivamente sensível. É um a manter!

Enjoy, 
The 5

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Travel Light - Nómada Edition

Nos últimos tempos, tenho vivido muito de mochila às costas. Novos sítios e novos desafios: a ideia é feliz mas sempre tem prós e contras.

Não importa quantas vezes passe pelo processo, fazer as malas é sempre extremamente penoso. Enfrento esse momento com doses generosas de birra e negação, acabando sempre por guardar tudo para o último de todos os momentos.

Foi daí que me ocorreu fazer uma pequena lista, em modo de regras flexíveis, para tornar todo o empacotamento mais fácil. Porque, sejamos honestos, o ódio não ajuda realmente.

Tudo isto é baseado, de forma muito livre, nas minhas experiências. Ainda não consigo uma mala realmente perfeita: sempre trago demais de algo e falta de outra coisa qualquer. Mas estou a aperfeiçoar e a melhorar a cada dia.

Juntei um mix de o-meu-armário-ideal. Porque nem só de realismo se faz o mundo!

PALETA DE COR 


Quando o espaço é limitado e a companhia aérea insiste em ter limites de peso bem baixinhos, é importante perceber o nosso armário. Esta é a chave de toda a mala bem feita.

Comecemos pelas cores, esses seres místicos.

NEUTROS: Este é o momento em que toda a gente olha e pensa "ah, mas neutros são iguais para toda a gente". Vamos parar e pensar, será mesmo? A verdade é que nem tanto assim. Por exemplo, muita gente usa o branco ou o bege como neutros: eu nunca. Vários tons de camel e rosa também são comuns. Eu gosto de me manter pelo preto e cinza porque, simplesmente, funciona melhor comigo. O importante mesmo é perceber quais são as bases do nosso próprio visual.

CORES: Ok, eu sei que isto faz parecer qualquer armário extremamente aborrecido. A verdade é que temos tendência para determinadas cores. É importante perceber como elas funcionam em conjunto: de nada serve ter uma peça muito gira se não combina com mais nada no armário! Reparei que eu circulo em torno destas três, geralmente naquela tonalidade de não-sou-bem-cor-nenhuma. A experiência aqui vai variar MUITO de pessoa para pessoa. Tirar um momento para perceber o nosso look tem inúmeras vantagens.



A nível das peças a levar, a parte realmente difícil, é importante perceber para onde vamos e em que altura do ano. Inverno ou Verão? País quente ou frio? Trabalho ou lazer?

Para o viajante regular nada é tão mágico como camadas! Passar do verão para o inverno pode ser dor de cabeça, mas a verdade é que muitas peças podem servir para transição. É uma questão de camadas! Comecemos pelas superiores.

TOP - CASACOS E AGASALHOS


Eu diria que o essencial são dois casacos, especialmente no inverno:

Um sobretudo grande e bem quente, que possa ir por cima de qualquer outfit, salva imensamente o dia. Vale a pena ter uma peça investimento, de boa qualidade (eu amo lã acima de tudo o resto) e que seja clássico o suficiente para ser amado por vários anos. O ideal é levar vestido ou no braço para o aeroporto: pode doer um pouco mas poupa uma imensidade de espaço na mala!

Um casaco intermédio, versátil e fácil de usar. Pontos extra se der para combinar com o sobretudo, mas tudo depende das temperaturas que se vão enfrentar. Pessoalmente considero um bomber ou um perfecto de cabedal ideais, mas existem mais opções.

Ter um casaco mais formal, tipo blazer, também costuma ser boa ideia, especialmente para quem está de viagem por motivos profissionais. Qualquer conjunto fica elevado com uma peça de bom corte. Esqueçam o salto alto! Blazer é muito mais fácil e polido.


TOP - CAMISOLAS, CAMISAS E CAMADAS


Camadas, camadas, camadas... Sei que começa a ser repetitivo mas, depois de enfrentar alguns Invernos mais rigorosos, nada me faz tão feliz. Dá também mais variedade a um armário limitado: ninguém viaja com muitas opções. Eu acredito no poder dos básicos bem combinados.

Bodies podem ser extremamente úteis: são fáceis de usar, quentinhos e servem impecavelmente de base. São também difíceis de encontrar: uma peça de corpo inteiro que assente na perfeição é uma epopeia por si só. Se encontrarem um perfeito, comprem vários! Em todas as cores! Seriamente.

Eu tenho um amor inigualável por camisas. As minhas preferidas são de homem e em padrões muito tradicionais: trazem de volta o amor da alfaiataria. A verdade é que são peças extremamente versáteis, vindo em imensos cortes e padrões. Aconselho a procurarem algo em que se sintam bem e, depois, testem em várias temperaturas. (EN)CAMADAS!

Toda a gente precisa de sweatshirts. Seja em camisola ou em casaco, mais ou menos sóbria. Fáceis e versáteis, podem ser usadas para visuais mais ou menos casuais. Eu tenho a sorte de poder trabalhar de hoodie. Sei que nem toda a gente partilha desta sina. Se não é o vosso caso, levem uns pares a menos.


TOP - T-SHIRTS

T-shirts são vida, t-shirts são amor. Acho sempre que não tenho suficientes: no geral estou errada. A não ser que estejam a viajar no Verão, mais de três costuma ser um erro. Eu tenho sempre umas cinco. Juro que não é um vício. Posso parar quando quiser... só não quero realmente.

Honestamente, são uma boa base. Mas na maioria do tempo, completamente substituíveis por camisolas mais a sério.

Nunca deixarei de ter t-shirts em demasia. Devia viajar mais no verão.


FULL - VESTIDINHOS E MACACÕES

Há vários motivos para usar peças completas. Há igualmente bastantes motivos para não usar. Têm a facilidade de utilização, sem dúvida, mas muito pouca capacidade de funcionar entre estações. No melhor dos casos, com as camadas certas, sobrevivem a Primaveras e Outonos. No geral são mais úteis para estadias mais curtas.

Mais uma vez, se viajam por motivos profissionais e não podem realmente trabalhar de hoodie, têm também a vantagem de ter um aspecto clean e polido.


BOTTOM - SAIAS E JEANS

Acho importante referir que os meus sentimentos sobre jeans são semelhantes aos meus sentimentos sobre t-shirts. A grande diferença? Jeans são usáveis todo o ano, em todas as situações. E muito mais difíceis de acertar. No geral 2 ou 3 são suficientes, mas não me sinto capaz de estabelecer realmente um limite. Considero também que é uma boa peça investimento: os jeans certos sobrevivem connosco ao Apocalipse a chegam ao juízo final com bom aspecto.

Quanto a saias, considero supérfluas: são menos versáteis e vêm com preocupações como collants e depilação. Há momentos em que eu não preciso dessas preocupações. Tem a vantagem de poder dar um aspecto mais formal e polido. São sempre substituíveis por jeans. SEMPRE


EXTRA - SAPATOS, MALAS E ACESSÓRIOS

Sapatos são muito chatos para transportar. O ideal é levar o par mais pesado calçado para o aeroporto, à semelhança do sobretudo. Considero necessário botas, um sapato raso e sapatilhas. Sandálias para quem viaja em alturas mais quentes, podem eventualmente substituir as botas (se bem que não me imagino a viajar sem botas nunca...)

Eventualmente será bom ter uma mala de mão, mais pequena, versátil e fácil. Não interessa quão adorável seja aquela pochette minúscula, nunca irá ser usada. Mochilas são boas opções, principalmente para quem anda de pc atrás. E para quem vai às compras. Usem mochilas!

Joalharia, bijuteria e semelhantes terão que passar por triagem rigorosa: o que usamos realmente numa base diária? Não interessa ter aquele anel mesmo giro se o vamos usar uma vez. Há a possibilidade de ter saudades de vez em quando. Não faz mal: isto não será para sempre!


NOTAS FINAIS

Isto é um guia muito vago. Acredito que as regras são para ser quebradas e nem toda a gente tem a mesma definição de básicos. No geral as palavras de ordem são TRIAGEM e CAMADAS. Versatilidade é extremamente importante também. E por mais que a separação de algumas peças seja dolorosa, o importante é perceber que nada disto é para sempre. Um dia deixaremos de ser nómadas: e aí poderemos ter todas as t-shirts... e todos os jeans.

O ponto central sempre será perceber o nosso armário e o nosso estilo pessoal. O que é essencial? Quais as peças sem as quais não conseguimos viver? O que sobreviverá ao Apocalipse?

Enjoy,
The 5

sábado, 22 de agosto de 2015

Cool Girls

Da primeira vez que pus o pé em Londres, em modo muito pouco turístico, esperava ver pessoas muito cool. Foi esse o meu primeiro pensamento: para lá dos esquilos e da história e da arte e da arquitectura eu queria gente cool. E, para meu descontentamento, havia muito pouca.


A minha obsessão com as cool girls vem de bem longe: desde que me lembro que são para mim seres místicos. Não conheço muitas, mas creio que é esse o aspecto mais interessante. Se houvesse muita gente cool a magia morria.



A minha passagem por Londres deixou-me a pensar de forma mais séria no assunto. Creio que toda a gente partilha em parte o fascínio, mesmo que nem toda a gente sinta a obsessão latente. Afinal o que define o cool? É uma questão de vestuário ou de atitude? Talvez seja o conjunto. Mas o que, para mim, está acima de tudo é a confiança quase arrogante com que gente cool se passeia: o olhar altivo, o desdém... Aquele ar de quem não precisa de ser cool, de quem não precisa agradar. Dai que o movimento punk seja o pináculo do cool... e daí que eu esperasse tanto de Londres.


Ser cool requer a capacidade de se destacar, de ser diferente, de colocar questões. Nem sempre a extravagância é a forma de lá chegar, contrariamente à ideia que se instalou. O cool também se mostra nas subtilezas. É difícil de definir inteiramente essa aura.


Acredito que ninguém seja totalmente cool. O ser humano partilha sempre de uma imensidade de inseguranças que previne esse estado superior. Acredito também que estamos destinados a perseguir esse objectivo incessantemente.


Olhemos mais seriamente para a loucura das redes sociais: são horas e horas passadas a tentar provar que somos cool, que as nossas férias são as melhores, que as nossas relações são mágicas e que a nossa vida é invejável. Para lá disso, passamos outras tantas horas a medir o quão cool são as outras pessoas. Claro que isto sempre aconteceu: o fenómeno não é novo. Está só mais público.


Penso que toda a gente vai achar que estou a pensar demasiado em assuntos de teenager e negar prontamente o seu interesse em ser cool... e depois vai olhar para o seu interior e, lá no fundo, descobrir que também inveja esse poder.

Ou talvez não.

Enjoy,
The 5

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Nudez e Pudor: Salvem as crianças!


Considero a nudez como um direito básico do ser humano. Temos direito a rejeitar toda e qualquer peça de roupa que nos incomode, em todo e qualquer local e incomoda-me o argumento de decência.

Explico:

Todos nós temos um corpo. Nasce connosco e tem uma influência enorme sobre nós: da aparência à mobilidade. Alguns de nós são gordos e outros magros, altos ou baixos, musculados ou escanzelados... mas não só! Existe uma variedade imensa de corpos, alguns dos quais consideramos mesmo como deformidades. E todos eles, sem excepção, são absolutamente incríveis! A quantidade de condições que o corpo humano suporta é impressionante: de doenças a agressões, do parto à morte. 

Ora eu amo vestir-me, amo roupa e amo moda. Mas a obrigatoriedade de me cobrir obriga-me a assumir que o corpo é algo tão terrível que partes dele não devem ser de todo expostas a olho humano! 

É geralmente aqui que alguém me diz "mas pensa nas crianças"! Eu estou a pensar nas crianças, muito seriamente. Estou a pensar como lhes estamos a ensinar, a cada dia, que o corpo não é algo natural. Dizemos sem pensar que há algo de errado naquele corpo e que não deve ser revelado. Ensinamos que ver mais pele leva a ataques, violações e desprezo no geral, podendo inclusive dar cadeia. Sim, porque a lei visa que o meu corpo, nocivo e odiável, não pode ver a luz do dia. No fundo, estamos a fomentar um ódio não só à humanidade, mas também a si próprios. Ao seu corpo.

O que me incomoda ainda mais é a extrema sexualização da nudez. Ressoa na cabeça a ideia de que mostrar o corpo só pode significar uma coisa: promiscuidade. Antes de mais, acho importante referir que também o sexo é natural e saudável. Mas nem tudo é sexo. E a liberdade de andar nú não está de todo ligada ao sexo. São dois assuntos diferentes. Posso garantir que a primeira vez que alguém vê um corpo nú (provavelmente na tenra infância), não pensa imediatamente em cama! E se remontarmos à prática da amamentação, vemos que uma mama é só isso mesmo: sem terceiras intenções. Então porque é que amamentar é perfeitamente natural, mas eu andar a passear topless não? Em que medida é que o meu corpo é ofensa?

Sou pelo direito à nudez. Não pela obrigatoriedade, mas pela liberdade de escolha. O meu corpo não é uma ofensa e muito menos propriedade. A minha pele é só minha.

Enjoy,
The 5

terça-feira, 24 de março de 2015

O Regresso

Deixei muitas vezes esta página ao abandono... e em todas elas regressei. Há muitos motivos para não apetecer publicar, mas não vamos fazer disto uma lista! A verdade é que, para alguém que é 80% opiniões (como é o meu caso), sentir que se está a escrever para uns, inteirinhos e completos, cerca de 3 leitores (olá amiguinhos!) não funciona como grande incentivo. Demorou a perceber que não preciso realmente de um grande publico: prefiro dar um sorriso aqueles mesmos 3 leitores a ter um rol de seguidores aos quais pouco faz diferença se o blog está ou não activo.

Leio regularmente uma quantidade infindável de coisas e por vezes começa a parecer que já tudo foi dito. Mas ao ler um artigo sobre a forma como a internet trouxe voz a problemas dos quais não se falava, percebi que todos queremos ser ouvidos. Este espaço é isso, uma exposição de um ego que acha que as suas opiniões tem importância. E não há qualquer problema nisso. É só uma percepção daquela que é a minha voz, extremamente opinada.

Não prometo reviews de produtos, reports de fashion weeks nem muitas outras coisas que blogs de moda estão cheios. Não precisam de mim para isso. Mas prometo opiniões marcadas e, espero eu, sorrisos.

Se entretanto quiserem ler umas coisas, estes são os que eu amo seguir:

Trashédia: A Joana Barrios é o máximo. Além disso, escreve muito bem. Concordo imensamente com muitas coisas dela e discordo loucamente de outras. E isso só faz dela ainda mais interessante, divertida e viciante. Escreve também no Maria Capaz, que é um projecto fantástico. No panorama português, é o nome que se destaca.

The Lingerie Addict: Podia falar como é um dos maiores blogues de lingerie do mundo, como todas as marcas possíveis já passaram por lá ou como é imensamente informativo. Mas o que me faz voltar sempre são as peças centradas no panorama social, na forma como a nossa roupa trabalha com a nossa forma de olhar a nós e ao mundo. Fez-me ver a realidade com outros olhos e ser, no geral, uma pessoa melhor. E um blog com essa força, vale a pena seguir.

Sweet Nothings: Comida, lingerie e uma senhora fantástica e adorável. Nenhuma leitura me faz tão feliz. É como um abraço ao fim de um dia longo.

Boas leituras!

Enjoy,
The 5


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A Mala

Admiro imensamente aquelas senhoras que conseguem viver com uma micro clutch pela mão. Nos anos 50 era regra: mas nos anos 50 só precisava levar a nota e pouco mais! Hoje, apesar das mil bugigangas úteis e inúteis, mulheres conseguem ainda usar mini malas que, de fora, parecem levar pouco mais que o cartão de crédito.

Ora, eu gostava de viver com base nisso só, mas é-me impossível: o batom, o espelho, o telemóvel, a carteira (de documentos e de dinheiro!), o moleskin (não vão as geniais ideias fugir pelo autocarro sonolento), o pacote de lenços (sim! isso mesmo!), óculos de sol, óculos de ver.... a quantidade infindável de tralhas aumenta a cada "ai, espera que me falta ainda...". Para acrescer à lista de qualidades necessárias para uma mala ser A Mala, vem ainda a versatilidade.

Eu não sei quanto a vocês, mas ao sair casa fora, ainda a terminar o pequeno almoço enquanto corro para o autocarro cheio, a ultima coisa que me ocorre é "ai não, mas espera... esta mala não combina com o outfit...". Muito menos "hmmm... onde será que eu colocarei esta coisa que totalmente tenho que levar hoje?". Não! Liberdade! Uma mala precisa ser um saco grande o suficiente para eu atirar todas as necessidades sem grande raciocínio prévio! Precisa funcionar com ténis e salto alto, vestidinho e jeans, precisa resistir as mesmas intempéries que eu! E aí surge o problema: precisa também de não me falir de forma absoluta.

As mochilas foram um grande SIM que surgiu de rompante, mas nenhuma ainda satisfez todos os critérios... especialmente aquele da falência. Ou da resistência!

Deixo inspiração, enquanto busco ainda A Mala!


Enjoy,
The 5

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O Canal aprova: Unhas metalizadas

A ausência foi longa, eu sei. Mas tenho ainda um cantinho do coração neste espaço: Regressei! e trouxe comigo noticias de manicure.

Os dias estão mais cinzentos e, um pouco por toda a parte, há ameaça de dilúvio. Podia trazer cor (que trarei! vos garanto, trarei coloridas notícias!), mas trago hoje somente brilho.

Longe vão os tempos em que dourado era cor de senhora de bairro, de gente chunga de aspecto duvidoso. Em que os prateados e metalizados multicoloridos era bimbarolhice para gente que fala alto demais. Em que ser in era usar somente cores mate, de aspecto inteligente. No more! Que os vernizes brilhantes, que outrora chamaram pela criança em nós, retorne! Venham metalizados, venham! E mostrem que, também vocês, podem ser elegantes e modernos!


Regressei, e trago sorrisos.
Enjoy,
The 5

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Shoe Me the Way

Sempre achei que os meus pés deviam ser estranhíssimos. Para ninguém comprar sapatos era uma epopeia tão gigante! Todo o mundo tinha sapatinho novo sem dar a volta ao mundo, sem procurar e chafurdar em pilhas infinitas... Deviam ser os meus pés! Extra sensíveis, fora do molde standard... sei lá!

Até que me deparei com uma inovação absolutamente ABSURDA: spray anestesiante para pé. Para senhoras se enfiarem em saltos impossíveis e caminharem todo o dia sem expressão de dor (só desconforto extremo e dormência nos dedinhos). E só ai percebi: o problema não são os meus pés. O problema são pessoas em torno do globo acreditarem que sapatos não têm mesmo que ser confortáveis.

Ok, eu percebo saltos esculturais. Gosto até. Mas se vamos ter uma vida activa é melhor ter os pés confortáveis, certo? Repito infinitamente: o sapato tem que se adaptar ao pé, o pé não tem que se adaptar ao sapato. Muito a sério, a dor não é fashion: é dolorosa e, provavelmente, terá consequências.

Deixo inspiração para sapatos com aspecto muito usável e igualmente fantabulásticos! Porque pés confortáveis são pés mais felizes.


Enjoy,
The 5

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Solta suas tranças de mel, Rapunzel

Durante imenso tempo mantive o cabelo curto: dos cortes pelo queixo à máquina zero, passei por todos.

Muita gente me perguntou o porquê. Porque raio haveria uma menina (vejam bem! o drama) de cortar o cabelinho, tão lindo, tão brilhante?! Pois não sei. Porque me fica bem? Porque é estupidamente prático? Porque gosto de incomodar a noção de género pré-estabelecida? Porque é aborrecido ter sempre o mesmo corte? São todas razões válidas... Mas não estou aqui para me justificar. E enquanto ninguém perguntar a uma menina porque raio tem ela o cabelo comprido continuarei sem me justificar.

Passemos à frente, até hoje. O cabelo chega-me quase a meio das costas, após uns meses de crescimento aleatório e desregrado. "Está gigante!" penso eu, meio estupefacta. E agora, que faço eu desta cabeleira? Não sei bem, não sei de todo. Mas, por ora, não me apetece voltar a deixar cair as madeixas (longuíssimas!) à mercê da tesoura.

E questiono-me: será que as meninas com cabelo enorme também se divertem com ele? Acredito que sim. Só ainda não encontrei o corte (ou cor!) que me apaixonou.


Enjoy,
The 5

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Neutral

Passou Natal e o excesso de doces, passagem de ano e excesso de farra... e depois vieram exames e trabalho em horas para lá de extraordinárias.... 

E quando, entre excessos, me viro para o guarda-roupa para mais um dia só me apetecem neutros. Brancos, que durante anos ficaram fora, voltam a descolorir camisolões e topzinhos por entre as cores que habitam o roupeiro... Brotam uns cinzas, que durante tanto tempo tive como aborrecidos.

E relembro que a depuração pode ser bela e a simplicidade por vezes para lá de necessária.

E hoje vestir-me-ia sem qualquer cor. Porque todos precisamos de zonas neutras.



Enjoy,
The 5

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os melhores amigos do MacGyver da maquilhagem

Estava num momento à la coelho da Alice (I'm late! I'm late! I'm late, I'm late, I'm late!) enquanto desenrascava maquilhagem que me desse um ar minimamente desperto (e menos late) e pensei "bolas para essa gente que tem todos os produtos mágicos!"

Produtos mágicos são bons, acredito. Investimentos de maquilhagem são um luxo que cobiço fervorosamente enquanto namoro pelas perfumarias marcas diversas com pigmentos invejáveis. Mas a capacidade de puxar um MacGyver  da mala e, "ora op 1, 2, 3" e aqui vamos nós fabulosas tem o seu quê de charme! Requer mestria, requer imaginação e, acima de tudo, requer um pulso treinado em sobreviver na selva da beleza!

Com certeza este MacGyver apreciaria a referêncai

Hoje trago os meus melhores companheiros do MacGyver! Porquê? Porque posso! E porque quero esta gente gira cheia de charme.

1- Bepanthene! Bepanthene só não cura mal de amores. Alivia a disfarça borbulhas onde não devíamos ter tocado (mas que violentámos selvaticamente), reduz vermelhidões e inchaços, remedia lábios gretados... Toda a pele desidratada e mal tratada volta ao sítio. Para peles mais caprichosas pode até ser boa base de maquilhagem!

2 - Paleta de sombras neutras. Se estiverem para investir, invistam! Vão agradecer todos os dias. Na minha mala servem para contorno, sobrancelhas, corrector de olheiras (really!), iluminador... E a minha paleta é reduzida. Uso dia e noite em qualquer ocasião. Dá para exagerar o olhar ou dar só aquele toque de "sou assim, simplesmente fabulosa"... Namoro a Naked da Urban Decay, mas a minha pequenina da Catrice serve por ora.

3- Blush. Ok, isto não é bem versátil. Mas para quem dorme pouco faz milagres. Plus, aprendi relativamente recentemente, o tom rosado anula bastante o arroxeado (olá mega olheiras! olá nódoas negras!). Sim, eu tenho posto blush nas olheiras. E funciona! (Com corrector por cima, claro).

4- Cotonetes. Todas as correcções necessárias! Com um pouco de jeito funciona perfeitamente como pincel. Qualquer pincel. Todos os pincéis!

5- Pincéis. Eu demorei até me decidir e comprar pincéis de maquilhagem porque, bem, cotonetes... MAS, são mega. Uso apenas 5, mas mudaram tudo! Uma só cor, pincéis e um bom pulso conseguem, por si, fazer uma maquilhagem.

Têm algum essencial MacGyver?
Enjoy,
 The 5

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Angels e undies

O show da Victoria's Secret já é velho em internet time, mas ainda não tive tempo de pegar no assunto e parece-me um assunto que tem que ser pegado.

Antes de mais, vejam aqui tudo o que há para ser visto. Vá, eu espero... *pompompidom*

Ok, meias divertidas é bom. Nunca discordarei de meias divertidas: elas fazem pessoas felizes.

Mais coisas que aprendi neste show? Ora bem, que a minha gaveta de lingerie devia ter um pequenino Cirque du Soleil, claro! Abaixo de fato circense é para meninos e sensual é ter absolutamente todas as extravagâncias! Porque no meu dia-a-dia é realmente isso que interessa...

Perdoem a amargura: aborrece-me tremendamente que algo a que eu dou uma imensa importância - undies, lingeries e derivados - seja representado internacionalmente pela Victoria's Secret. Eu percebo que alguém queira sentir-se sensual e extravagante e tudo mais, mas há tanta gente a fazer um trabalho melhor (e menos reconhecido) por estas áreas que a cada ano fico com um sabor amargo de Angels... Não oferecem qualidade pelos preços, não têm uma estética interessante e, acima de tudo, têm um ideal de beleza estupidamente restrito!

E porque namoro tantas outras marcas, trago umas coisinhas:

Alexandra Grecco

Kiss Me Deadly

Nevaeh

eLai

Amoralle

Frankii Wilde

Lascivious

Lepel

Claudette

Yes Master

Atsuko Kudo

Murmur

All Undone

Ysé

La Perla

Lux Tenebrae

Kiss me Deadly

Empreinte

Miss Crofton Lingerie

E há muitas mais, por ai, em mãos de gente com talento e vontade...
Enjoy,
The 5