Durante algum tempo fui a pessoa que não saía de casa sem batom. Não que fosse incapaz de me ver sem esse rasgo de cor, mas sentia-me muito mais eu. Era um statement que gritava: estou aqui! Existo! Recuso-me a ser ignorada!
Gosto imensamente de cores intensas e vibrantes e os lábios parecem o sítio ideal para as usar. A verdade é que requer um alto nível de manutenção e, neste momento da minha vida, simplesmente não me sinto capaz manter a disciplina que o batom requer.
Isto para introduzir que já usei muita coisa. Acima de qualquer outro, tenho um nível de exigência muito particular pelo vermelho. Infinitamente clássico e igualmente provocador, é uma cor bem mais difícil do que aparenta.
Vamos começar pela teoria da cor. Eu sei que há toda aquela lista de regras sobre batons vermelhos que relacionam o sub tom da pele com o vermelho a usar: mais rosa ou mais laranja. Mas qualquer pessoa que saiba usar tintas (estou a olhar para vocês, pessoal das artes!) sabe que a nível de pigmento (e não de luz) o vermelho é uma cor primária. E porque é que isto é importante? Porque vermelho alaranjado não é vermelho. E vermelho rosado também não é vermelho. E porque vermelho a sério não tem "base azul" porque é uma cor pura.
Perco a cabeça sempre que, enquanto procuro um vermelho, alguém questiona "mas com sub tom laranja, rosa ou azul?". E isso só tornou a minha busca bem mais difícil.
A minha sorte é ter uma mãe incrível que percebe como as cores funcionam. E sabe o que é um vermelho. E quando esta pessoa fantástica decidiu que estava na altura de me ofertar um verdadeiro batom vermelho, escolheu o único que alguma vez me fez verdadeiramente feliz!
Vou neste momento na segunda embalagem do mesmo, da Clinique número 13 - Flamenco. Descobri que a cor foi descontinuada e matou-me um pouco por dentro.
Para lá da cor (perfeitamente vermelha) tem uma textura incrível e hidratante. E dura uma quantidade abusiva de horas! A cor funde-se perfeitamente nos lábios, sem aquele efeito manhoso de batom pousado sobre a pele.
Vale cada cêntimo. Estou no fim do tubo. Não sei como viverei depois disto.
Enjoy,
The 5
Sem comentários:
Enviar um comentário
Canaliza a tua opinião!